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Falhou a Bomba de Insulina? Saiba o que fazer!

Isabela Calventi

Cada vez mais pessoas usam bombas de infusão de insulina, seja por indicação médica, seja por opção própria. As bombas se mostram bastante confiáveis, mas, por serem equipamentos eletrônicos, também podem apresentar alguma falha. 

Accu-Chek Combo
www.accu-chek.com/microsites/combo/about-insulin-pumping.html

Há tanto falhas resultantes do mau uso da bomba quanto aquelas ocasionadas pelo desgaste do equipamento. Algumas delas são fáceis de resolver, outras dependem de assistência do fabricante. O fato é que sempre se deve levar consigo uma seringa ou caneta de aplicação com insulina ultrarrápida, caso a bomba pare de funcionar. 

As bombas atuais, quando detectam alguma falha no sistema, geralmente apresentam avisos de erro no visor. Caso isso aconteça com você, consulte o manual ou entre em contato com o fabricante através do 0800 (Medtronic: 0800 773 9200 ou atendimento.diabetes@medtronic.com, Roche/Accu-Chek:  0800 77 20 126). 
Medtronic Veo
www.medtronicdiabetes.co.in/treatment-and-products/paradigm-veo-insulin-pump

É importante sempre estar atento, pois a bomba pode ter apagado devido ao fim da carga da bateria. Geralmente as bombas alertam com antecedência suficiente para que a troca seja feita sem maiores transtornos, mas se você já passou por algum inconveniente nesse sentido, vale a pena levar uma pilha extra na bolsa ou mochila.

A maioria das intercorrências não são, na verdade, causadas por problemas no equipamento, mas sim no conjunto de infusão. O mais comum é a elevação da glicemia por vazamento ou dobramento da cânula. Caso a cânula tenha saído da pele ou esteja muito superficial, você pode sentir cheiro de insulina ou mesmo verificar que o local está molhado. Se isso ocorrer é necessário substituir o o conjunto de infusão.

Outros dois motivos podem ser o entupimento da cânula ou do cateter e a demora para substituição do conjunto. Essa demora, que pode parecer vantajosa para economizar os descartáveis, favorece a ocorrência de todas as intercorrências com a cânula e com o cateter descritas acima, além do risco de a insulina perder o efeito por já estar há muitos dias no reservatório. Geralmente a recomendação é de que sejam substituídos os descartáveis a cada 3 dias, mas esse prazo pode ser diferente para você (consulte seu médico).  

Por último, saiba o que fazer se sua bomba realmente parar de funcionar. Entre em contato com o fabricante para que a substituição seja feita, caso sua bomba ainda esteja na garantia (tenha sempre a nota fiscal guardada), e fale imediatamente com seu/ua médico/a para que ele/a te oriente sobre as insulinas lentas e rápidas que deverá se aplicar enquanto aguarda pela substituição.

Portanto, com um pouco de disciplina e atenção a bomba poderá ser uma grande aliada para o manejo do diabetes e a qualidade de vida.

Isabela Calventi
Participante do 7o Treinamento de Jovens Líderes em Diabetes
ADJ Diabetes Brasil

Comentários

  1. Um texto muito bem escrito e esclarecedor tanto para as pessoas que convivem com diabetes como para quem quer ficar atento e alerta a esse mal.Parabens Isabela.Deise Neves

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