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Pâncreas Artificial se sai melhor do que pais na prevenção de Hipoglicemias

Interessante e recém-publicado, estudo teve alguns de seus resultados apresentados durante o Congresso ATTD, no início do ano. Algo que chama a atenção desde o resumo da publicação é o aumento da média da glicemia nas crianças enquanto usavam o Pâncreas Artificial (de 147 mg/dl para 169 mg/dl). Contudo, os autores enfatizam outro aspecto associado a esse primeiro: redução de três vezes no tempo total de vigência da hipoglicemia; e, adicionalmente, durante a noite, as crianças passavam 2,2% do tempo em hipoglicemia (mediana), com o PA reduziram para  0% esse tempo.

www.news.virginia.edu/content/uva-s-artificial-pancreas-project-receives-34-million-grant

É importante lembrar que existem diferentes projetos de Pâncreas Artificial (PA) no mundo e que os resultados podem ser bastante diferentes dependendo do algoritmo usado, da inclusão ou não de glucagon no sistema, entre outros fatores. De qualquer forma, o que se destaca neste estudo é o fato de o equipamento ter passado por um teste bastante difícil, visto que as crianças submetidas ao estudo, quando não usavam o PA, estavam em terapia de Bomba de Insulina associada ao Sensor Contínuo de Glicose. Além disso, devido à idade, entre 5 e 9 anos, tinham seus pais por perto na maior parte do tempo, muito atentos e fazendo ajustes à glicemia.

Portanto, ser comparado com pais cuidadosos de crianças em uso dos recursos mais atuais para o controle do diabetes foi uma prova dura para o Pâncreas Artificial. Ainda assim, este se mostrou superior em termos de prevenção de hipoglicemias, apesar do aumento da média da glicemia.


Referência
Del Favero, et al. Randomized Summer Camp Crossover Trial in 5- to 9-Year-Old Children: Outpatient Wearable Artificial Pancreas Is Feasible and Safe. Diabetes Care May 2016, DOI: 10.2337/dc15-2815

Publicado originalmente no site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD): Barone, Mark. Pâncreas Artificial reduz hipoglicemias, mas aumenta a glicemia em crianças.

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