Yasmin H. Ammar
Já ouvimos que pessoas com diabetes não podem praticar nenhum tipo de exercício ou atividade física. Porém, muitos não sabem que isso é um mito! De acordo com endocrinologistas de todo o país, a prática esportiva é benéfica para todas as pessoas, inclusive para aquelas com diabetes. Além de auxiliar no controle glicêmico, exercícios físicos ajudam a manter o peso adequado e melhoram os níveis de colesterol, triglicérides e pressão arterial, assim como outros diversos benefícios. Portanto, o exercício físico, junto com uma alimentação balanceada, é nosso grande aliado.
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Grupo Nova Equipe, treinador Emerson Bisan (DM1)
Objetivo: reunir pessoas com diabetes através do esporte
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Ter diabetes não nos priva de fazer nada! Um exemplo disso são atletas como: Alexei Angelo Caio e Marcello Bellon (alpinistas e corredores), Emerson Bisan e Carla Prisco (ultramaratonistas), Gary Hall Jr (um dos grandes velocistas da história da natação, com 5 medalhas de ouro em Olimpiadas), Charlie Kimbal (primeiro insulino-dependente a ganhar uma prova de Formula Indy), assim como outros atletas que mostram que são mais fortes que o diabetes e que podem controlá-lo.
Se você estiver se perguntando "qual a melhor atividade física para o bom controle do meu diabetes?", saiba que você pode fazer qualquer atividade, não há uma melhor do que a outra, o que importa é fazer o exercício que goste! Lembrando que sempre se deve falar com seu médico a respeito e tomar os cuidados necessários antes das atividade para evitar hipo e hiperglicemias e problemas futuros. E um aviso importante para pessoas que já possuem complicações do diabetes (neuropatia, retinopatia e nefropatia): procure um profissional de educação física especialista em diabetes, pois atividades físicas mal orientadas podem agravar as complicações!
A fim de tratar eventos inesperados, é indispensável sempre carregar correções para hipoglicemia (balas mastigáveis, gel de carboidrato e etc.), assim como glicosímetro, insulinas e carteirinha de identificação. Em caso de uma hipo ou hiperglicemia severa, na qual não conseguimos corrigir a glicemia sozinhos, tendo a carteirinha de identificação permitirá que a pessoa que está prestando auxilio saiba o que fazer. Qualquer sinal/sintoma diferente vale a pena uma parada para checar a glicemia, especialmente: suor excessivo, palpitações, tremores, confusão, sonolência, falta de coordenação, náuseas e dor de cabeça (frequentemente relacionados à hipoglicemia) ou sede, inquietação, nervosismo, cãibras, visão turva, dor abdominal e aumento de diurese (mais característicos da hiperglicemia).
Além do profissional médico e/ou de educação física, podemos contar com a ajuda de instituições como a ADJ (ADJ DIABETES BRASIL) e a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). E lembre-se... a atividade física é um dos nossos maiores aliados para o controle do diabetes!
Yasmin H. Ammar
8º Treinamento de Jovens Líderes em Diabetes
ADJ Diabetes Brasil
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