O grupo da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP tem, desde 2003, realizado procedimento denominado “Transplante Autólogo de Células Tronco Hematopoéticas em Pacientes com DM1 Recém-Diagnosticado”. Tal procedimento tem aparecido na mídia de forma recorrente no Brasil, assim como em outros países. As razões para isso são o desenvolvimento de uma nova metodologia e os resultados espetaculares atingidos. Entre eles, o que mais chama a atenção é a não necessidade de insulina por 40 a quase 80 meses (até o momento) após o procedimento, em pessoas que tiveram o diagnóstico de diabetes do tipo 1!
Entretanto, os coordenadores da pesquisa enfatizam que não se trata de cura, mas de uma terapia. Além disso, é importante saber que existe uma série de critérios para poder se submeter a esse tipo de procedimento e que, por se tratar de um procedimento com imunossupressão, tem riscos. Segundo os pesquisadores, mais importante do que a não necessidade de insulina nesses pacientes, é a preservação de parte das células betas (produtoras de insulina) do pâncreas. O total de pacientes que se submeteu ao procedimento é de 25 e, apesar de apenas 6 estarem sem necessitar aplicação de insulina até o momento, os demais necessitam de uma quantidade muito menor de insulina, sendo, em geral, suficiente 1 aplicação de insulina ultra-lenta por dia.
A importância de se preservar células beta é se conseguir um controle glicêmico melhor e mais estável e reduzir o risco de complicações crônicas. Mas conhecendo então esses ótimos resultados, vejamos abaixo quais os critérios de inclusão de um paciente na pesquisa, seguidos do detalhamento do procedimento:
Entretanto, os coordenadores da pesquisa enfatizam que não se trata de cura, mas de uma terapia. Além disso, é importante saber que existe uma série de critérios para poder se submeter a esse tipo de procedimento e que, por se tratar de um procedimento com imunossupressão, tem riscos. Segundo os pesquisadores, mais importante do que a não necessidade de insulina nesses pacientes, é a preservação de parte das células betas (produtoras de insulina) do pâncreas. O total de pacientes que se submeteu ao procedimento é de 25 e, apesar de apenas 6 estarem sem necessitar aplicação de insulina até o momento, os demais necessitam de uma quantidade muito menor de insulina, sendo, em geral, suficiente 1 aplicação de insulina ultra-lenta por dia.
A importância de se preservar células beta é se conseguir um controle glicêmico melhor e mais estável e reduzir o risco de complicações crônicas. Mas conhecendo então esses ótimos resultados, vejamos abaixo quais os critérios de inclusão de um paciente na pesquisa, seguidos do detalhamento do procedimento:
- Menos de 3 meses de diagnóstico
- 12-35 anos de idade
- Presença de anti-GAD (anticorpo mais comum em quem tem diabetes tipo 1)
- Coleta de células hematopoiéticas no sangue (após 2 dias de medicação que estimula a liberação dessas células-tronco)
- 5 dias de imunossupressão (acontece uma espécie de destruição do sistema imune, incluindo a eliminação dos anticorpos que levaram ao ataque das células do pâncreas)
- As células tronco hematopoiéticas coletadas são reinfundidas para que o sistema imune seja refeito
Portanto, as células-tronco em questão não produzem novas células do pâncreas, mas sim células do sistema imune, que é totalmente destruído durante o procedimento, para que seja refeito com a infusão das células-tronco do próprio indivíduo. Assim, as células beta do pâncreas que não haviam sido destruídas deixam de sofrer ataque do sistema imune antigo. Contudo, é possível que algumas pessoas voltem a necessitar aplicar insulina porque: 1) grande parte das células beta do pâncreas já haviam sido destruídas antes do procedimento; 2) ou porque o pâncreas voltou a ser atacado após o procedimento.
Veja o depoimento dessa jovem que passou pelo procedimento, publicado no site da SBD:
“Foi muito bom fazer o transplante porque tomei insulina menos de um mês. Me sinto até melhor do que antes. O tratamento foi um pouco doloroso, mas, tirando isso, tudo ótimo! Sou de Ilhabela (SP) e agora estou estudando em Campinas (SP). Fiquei quase três meses em tratamento, em Ribeirão Preto. De vez em quando, volto para fazer exames. Valeu a pena!”
Se você acredita que está dentro do perfil e tem interesse em se submeter ao procedimento, um dos coordenadores do estudo deixa seu contato: Dr. Eduardo Couri, e-mail: ce.couri@yahoo.com.br
Veja palestra do Dr. Eduardo Couri em Simpósio da SBD: http://www.diabetes.org.br/simposios/up-to-date/dm1-e-celulas-tronco-dr-carlos-eduardo-barra-couri/
Veja também:
Fiquei muito feliz c/essa oportunidade de tratamento. Queria saber se ja existem pacientes mais jovens, meu filho de 4 anos foi diagnosticado recente e está passando pela chamada fase de lua de mel.
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