O encapsulamento de ilhotas tem sido, há algum tempo, uma das maiores esperanças das pessoas com diabetes do tipo 1 de não necessitar mais tomar insulina. Com o encapsulamento as ilhotas poderiam ser doadas sem a necessidade do uso dos imunosupressores, já que as cápsulas protegeriam as ilhotas pancreáticas recebidas de serem novamente atacadas pelo sistema imune e destruídas.
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No dia 11 de abril foi publicado no revista Pesquisa FAPESP Online uma matéria comentando o sucesso do grupo brasileiro do Nucel da USP no encapsulamento de ilhotas. O encapsulamento permitiria, ainda, o xenotransplante (transplante entre diferentes espécies). O que é uma perspectiva futura importante, já que não haveria ilhotas de doadores humanos suficientes para todas as pessoas com diabetes tipo 1.
Apesar de no Brasil cinco pacientes já terem recebido transplante de ilhotas, desde 2002, esse procedimento ainda é restrito a casos muito específicos e não conta com as sonhadas ilhotas encapsuladas. Hoje a bióloga Mari Sogayar, professora titular do Instituto de Química da USP, coordenadora do Nucel e consultora da CellProtect afirma “controlamos o diabetes em camundongos que receberam o transplante e as ilhotas estão produzindo insulina há mais de 300 dias”.
Como diz a reportagem, outros grupos, em especial um neozelandes e um americano, estão com as pesquisas nessa área bastante avançadas. Os neozelandeses já começaram pesquisas em seres humanos. Ficamos então na torcida para que essas importantes pesquisas sejam bem sucedidas e avancem rapidamente, permitindo que as ilhotas possam ser transplantadas sem a necessidade dos imunosupressores.
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Excelente notícia. Quem sabe um dia o diabetes será uma doença do passado.
ResponderExcluirComo participar desta pesquisa quando a equipe começar a fazer testes em humanos?
ResponderExcluirCaro Thiago, quando começarem as pesquisas em humanos certamente muitos voluntários serão necessário e a equipe responsável anunciará.
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