Durante muitos anos se viu no transplante de ilhotas pancreáticas a grande esperança para a "cura" do diabetes. Apesar de testes bem sucedidos, diversas limitações foram identificadas. Entre elas estão a dificuldade em se separar as ilhotas do restante das células do pâncreas, e a rejeição. Durante o processo de isolamento das ilhotas, a serem implantadas em outra pessoa, acontecia morte celular e perda de muitas ilhotas. Com isso, as ilhotas obtidas com o pâncreas de 1 doador não eram suficientes para que o transplantado não precisasse mais tomar insulina. Nos transplantados que diminuíram as doses de insulina aplicada, ou que receberam ilhotas de mais de um doador, ainda havia o desafio de tomar cronicamente imunosupressores. Estes, assim como outros medicamentos, apresentam reações adversas e mantém a pessoas mais sucetível a doenças infecciosas, que podem se tornar graves com maior facilidade. Dessa forma, como alerta o Dr. Carlos Aita, para quem tem um controle adequado do diabetes com uso de insulina, não compensa (e nem é indicado) fazer o transplante.
Mas se a técnica já é conhecida, e tem sido realizada há 10 anos com limitações, por que estamos interessados em voltar a discuti-la?
Porque alternativas para o melhor aproveitamento das ilhotas e para que não seja necessário o uso de imunosupressores têm sido desenvolvidas e anunciadas. No Brasil o NUCEL há muitos anos tem trabalhado nesse sentido, pesquisando o microencapsulamento das ilhotas. Há algumas semanas investimentos recebidos pela Sernova Corp ganharam destaque na mídia, já que esta empresa, sediada no Canadá, pesquisa um medicamento anti-rejeição diferente dos imunosupressores (sem os efeitos colaterais dos mesmos), além de um tipo de bolsa protetora para ilhotas, que seria implantada abaixo da pele da barriga.
Segundo a empresa essa bolsa funciona como um minipâncreas. Testes em animais têm se mostrado muito promissores, e os testes em seres humanos devem começar em 2011.
Por hora, resta aguardar os avanços da ciência e torcer para que essa opção terapêutica se mostre eficaz para um bom controle do glicêmico, sem a necessidade de imunosupressores.
Microencapsulamento de Ilhotas, permitindo a liberação de insulina e entrada de nutrientes, mas não de anticorpos. http://wiki.epfl.ch/gene-therapy/encapsulated-cell-technic |
Porque alternativas para o melhor aproveitamento das ilhotas e para que não seja necessário o uso de imunosupressores têm sido desenvolvidas e anunciadas. No Brasil o NUCEL há muitos anos tem trabalhado nesse sentido, pesquisando o microencapsulamento das ilhotas. Há algumas semanas investimentos recebidos pela Sernova Corp ganharam destaque na mídia, já que esta empresa, sediada no Canadá, pesquisa um medicamento anti-rejeição diferente dos imunosupressores (sem os efeitos colaterais dos mesmos), além de um tipo de bolsa protetora para ilhotas, que seria implantada abaixo da pele da barriga.
Segundo a empresa essa bolsa funciona como um minipâncreas. Testes em animais têm se mostrado muito promissores, e os testes em seres humanos devem começar em 2011.
Por hora, resta aguardar os avanços da ciência e torcer para que essa opção terapêutica se mostre eficaz para um bom controle do glicêmico, sem a necessidade de imunosupressores.
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