Pular para o conteúdo principal

2 pesquisas: MUITA ESPERANÇA!!!

Na semana passada foram publicados resultados de 2 pesquisas de grande interesse para quem tem diabetes. Seriam perspectivas de cura? Ou tratamentos que se aproximariam dela? Vamos ver...

http://www.bu.edu/bme/2013/01/28/outpatient-studies-to-test-viability-of-bionic-pancreas/

O primeiro deles diz respeito ao uso do Pâncreas Biônico! OK, outra forma de chamar o pâncreas artificial. Mas se já há tanto tempo tempo se pesquisa a esse respeito, qual a novidade? A novidade é que o artigo reporta as experiências de uma pessoa com diabetes tipo 1 que participou de uma fase recente da pesquisa, na qual o pâncreas artificial (no caso, constituído por um app em Iphone, que regula e integra todo o sitema, sensor de glicose, sistema de infusão de insulina e sistema de infusão de glucagon) foi testado por 5 dias e fora do hospital. Apesar de muitas pesquisas terem sido feitas, a maioria delas se restringia a poucos dias e em ambiente hospitalar, portanto, longe da realidade de quem se beneficiaria do uso desse tipo de tecnologia. O artigo diz que durante os dias de uso do pâncreas artificial a voluntária ficou "curada", pelo menos foi assim que ela se sentiu, por não ter que se preocupar com níveis de glicemia e aplicações de insulina.... Na verdade, a enfermeira que a acompanhou media sua glicemia a cada 2 horas...

De qualquer forma, os resultados são promissores e a expectativa do idealizador e coordenador do projeto é, se tudo der certo, ter os equipamentos aprovados e disponíveis para comercialização a partir de 2017. Ainda neste ano o equipamento será testado em crianças nos acampamentos Camp Joslin e Clara Barton Camp.

O outro foi um novo hormônio, batizado betatrofina, descoberto por pesquisadores da mesma região geográfica dos pesquisadores que estão testando o pâncreas biônico, Boston/Cambridge. A esperança trazida por esse hormônio diz respeito ao seu potencial de induzir a proliferação das células produtoras de insulina no pâncreas (células beta). Portanto, tanto para pessoas com diabetes tipo 2, que têm perda de células beta após algum tempo de disfunção, quanto para pessoas com diabetes tipo 1, que, geralmente, tem perda rápida da maior parte das células beta, esse hormônio pode ser uma esperança de reverter o quadro. Provavelmente não bastaria tratamento somente com esse hormônio, já que no diabetes tipo 1 a destruição das células beta pelo sistema imune continuariam e no caso do tipo 2 a resistência à ação da insulina dificultaria o estabelecimento de glicemias normais. Assim, é provável que testes futuros com o hormônio venham associados a testes com outros medicamentos, ou com mudança no estilo de vida.    

Fonte:
Mark Dwortzan. Outpatient Studies to Test Viability of Bionic Pancreas. January 28th, 2013

Riva Greenberg. Turning Diabetes Over to the Bionic Pancreas. 04/23/2013
Peng Yi, Ji-Sun Park, Douglas A. Melton. Betatrophin: A Hormone that Controls Pancreatic β Cell Proliferation. Cell, Available online 25 April 2013

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Falhou a Bomba de Insulina? Saiba o que fazer!

Isabela Calventi Cada vez mais pessoas usam bombas de infusão de insulina , seja por indicação médica, seja por opção própria. As bombas se mostram bastante confiáveis, mas, por serem equipamentos eletrônicos, também podem apresentar alguma falha.  Accu-Chek Combo www.accu-chek.com/microsites/combo/about-insulin-pumping.html Há tanto falhas resultantes do mau uso da bomba quanto aquelas ocasionadas pelo desgaste do equipamento. Algumas delas são fáceis de resolver, outras dependem de assistência do fabricante. O fato é que sempre se deve levar consigo uma seringa ou caneta de aplicação com insulina ultrarrápida , caso a bomba pare de funcionar.  As bombas atuais, quando detectam alguma falha no sistema, geralmente apresentam avisos de erro no visor. Caso isso aconteça com você, consulte o manual ou entre em contato com o fabricante através do 0800 (Medtronic: 0800 773 9200 ou atendimento.diabetes@medtronic.com , Roche/Accu-Chek:  0800 77 20 126).  Medtronic Veo

Você usa a PILHA certa na sua BOMBA de INSULINA?

Por Mark Barone Há muitas dúvidas sobre esse assunto, especialmente em relação à pilha usada nas Bombas de Insulina da empresa Medtronic . Fomos, então, buscar respostas nos sites e Blog internacionais da empresa, além de termos entrado em contato com a gerência da área de diabetes da empresa no Brasil. As principais conclusões encontradas estão abaixo. www.medtronicdiabetes.com/customer-support/device-settings-and-features/utility-settings/battery Use sempre uma moeda para abrir o compartimento da pilha (o uso de facas ou outros materiais pontiagudos pode danificar a bomba). A duração média da pilha é de 1 semana (pode variar dependendo das funções que estiverem ativadas). Muitos relatam que a pilha chega a durar de 2 a 3 semanas, mas a empresa, provavelmente por motivos de segurança (a fim de não superestimar a duração da pilha e, com isso, evitar que o usuário fique sem pilha reserva), informa semana. Tenha sempre pilhas novas em casa e não deixe de leva-las

Cuidando do DIABETES e fazendo VESTIBULAR / ENEM / CONCURSO

Estou aqui para contar um pouco da rotina de quem tem diabetes em meio aos vestibulares. A ideia de ficar muito tempo sentado, pensando, resolvendo questões já é, por si só, incômoda. Somemos a isso o fato de que você não pode usar celular – sequer relógio, em muitos! -, é fiscalizado até quando vai ao banheiro…  É um estresse muito grande! http://educacao.uol.com.br/album/2012/06/25/dez-coisas-que-voce-nao-deve-fazer-enquanto-estiver-estudando.htm#fotoNav=10 Como se já não bastasse, eu, prestando vestibular, tenho diabetes. Então, o cuidado precisa ser ainda maior. Além dos cuidados necessários que todo candidato tem com a prova – além de estudar, separar documentos, lápis, borracha, local de prova… – preciso me  preocupar, também, com a glicemia! Normalmente, as provas dos grandes  vestibulares  – Fuvest, Unicamp, Unifesp, Unesp, ITA, ENEM… – acontecem no horário de almoço de muita gente, e  duram muito tempo – cerca de quatro, cinco horas.  Então, a última coisa que pos