Pular para o conteúdo principal

Outras doenças auto-imunes são mais frequentes em DM1

Já é conhecido o fato de pessoas com diabetes do tipo 1 (DM1) estarem mais sujeitas a desenvolver outras doenças auto-imunes. Doenças estas que, como o DM1 são resultado de uma resposta do sistema imune que ataca tecidos do próprio organismo. Em pesquisa recentemente publicada na revista científica Diabetes Care, aponta-se que 1 em cada 3 crianças com diabetes mellitus tipo 1 têm marcadores para outras doenças auto-imunes desde o diagnóstico.

No presente estudo, cientistas buscaram a presença de auto-anticorpos (proteínas do sistema imune direcionadas contra tecidos do próprio organismo) associados às seguintes doenças auto-imunes: doença auto-imune de tiróide, doença celíaca e doença de Addison (doença que afeta as glândulas adrenais), em 491 crianças recém diagnosticadas com DM1. Com o achado, os autores da pesquisa enfatizam a necessidade tanto de médicos, quanto de parentes ficarem atentos aos sintomas relacionados ao desenvolvimento de outras doenças auto-imunes em portadores de diabetes do tipo 1.

Em matéria publicada pela Reuters Health são explicitadas as características das doenças estudadas (abaixo) e um dos pesquisadores revela que a Associação Americana de Diabetes orienta que se faça o teste para as doenças de tiróide de celíaca assim que o diabetes tipo 1 é diagnosticado e depois a cada 1 anos para doença de tiróide e para doença celíaca apenas se houver suspeita. Em particular os pais devem ficar atentos ao crescimento dos seus filhos e a sintomas como: constipação, dor abdominal, diarréia, e hipoglicemias frequentes.

A doença auto-imune da tireóide surge quando uma reação do sistema imunológicofaz com que a glândula tireóide a produzir demasiado ou muito pouco hormônio tireoidiano. Uma tireóide hiperativa pode causar sintomas como nervosismo, perda de peso, problemas do sono e intolerância ao calor; enquanto uma tiróide hipoativa pode causar fadiga, pele seca, queda de cabelo e lentificação do crescimento.

A doença celíaca é uma desordem digestiva na qual o sistema imunológico reage aos alimentos com glúten (uma proteína no trigo, cevada e centeio), prejudicando intestino delgado. 



Na doença de Addison, as glândulas adrenais não conseguem produzir o suficiente dos hormônios cortisol e aldosterona, levando a problemas como fraqueza e fadiga, apetite e perda de peso e irritabilidade.

Estima-se que entre 15 a 30 % das pessoas com diabetes tipo 1 tenham doença auto-imune da tireóide, enquanto entre 4 e 9 % tenham a doença celíacae menos de 1 % tenham doença de Addison.



Fonte:
Many kids with diabetes have other immune diseases


Visite o site da Associação dos Celíacos do Brasil - ACELBRA

Comentários

  1. eu gostaria muito conversar com maes que tenham fillhos com diabet tipo um eu tenho uma finha que tem e muito dificil eu me chamo valdete

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. minha mãe está a disposição... renatanoschese@yahoo.com.br

      Excluir
    2. Oi querida entra no grupo mães de DM1 na madrugada!!! pelo facebook, vc vai tirar varias duvidas e compartilhar com mães que tem filhos com diabetes 1, muito bom!

      Excluir
  2. eu tenho DM1, descobri quando estava prestes a fazer 10 anos, hoje tenho 18 anos. no começo você não sabe de nada, depois você conhece o básico... e mais depois você tem que fazer exames e mais exames que antes você não sabia. ter DM1 é muito chato, precisamos de uma rotina que no começo pode ser muito difícil, depois você se acostuma um pouco, mas continua sendo chato. =,( depois dessa matéria e do resultado do meu exame fiquei mais triste, como se já não bastasse ter diabetes ainda estamos sujeitos a desenvolver outras doenças autoimunes e você não puder fazer nada para não tê-la, pois minha glicemia está sob controle.

    ResponderExcluir
  3. Diabetes desde 1 ano de idade, totalizando em praticamente 17 anos já.. aos 7 descubro a Doença Celíaca e aos 13 o Lúpus... todas autoimunes!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Medindo a glicemia sem precisar furar o dedo

Ainda durante o congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA) de 2011 foram apresentados resultados de duas pesquisas muito interessantes, com formas não-invasivas e locais alternativos para se dosar a glicose . GlucoTrack -  www.integrity-app.com/description.html Em um deles a glicose foi dosada de forma indireta através das expiração dos indivíduos . Isto é, a composição do ar exalado por essas pessoas foi analisada e a quantidade de moléculas resultantes da presença de glicose no sangue foi identificada. Com isso, foi possível chegar a valores de glicose muito próximos aos valores da ponta-de-dedo (glicemia capilar) . Apesar de os primeiros resultados terem sido bastante promissores, ainda há desafios a serem superados. Entre eles estão: verificar em número maior de pessoas e em diferentes níveis de glicemia se a precisão se mantém, transformar o analisador da expiração em algo portátil e de fácil utilização, e deixá-lo com custo de aquisição e manutenção tã...

Falhou a Bomba de Insulina? Saiba o que fazer!

Isabela Calventi Cada vez mais pessoas usam bombas de infusão de insulina , seja por indicação médica, seja por opção própria. As bombas se mostram bastante confiáveis, mas, por serem equipamentos eletrônicos, também podem apresentar alguma falha.  Accu-Chek Combo www.accu-chek.com/microsites/combo/about-insulin-pumping.html Há tanto falhas resultantes do mau uso da bomba quanto aquelas ocasionadas pelo desgaste do equipamento. Algumas delas são fáceis de resolver, outras dependem de assistência do fabricante. O fato é que sempre se deve levar consigo uma seringa ou caneta de aplicação com insulina ultrarrápida , caso a bomba pare de funcionar.  As bombas atuais, quando detectam alguma falha no sistema, geralmente apresentam avisos de erro no visor. Caso isso aconteça com você, consulte o manual ou entre em contato com o fabricante através do 0800 (Medtronic: 0800 773 9200 ou atendimento.diabetes@medtronic.com , Roche/Accu-Chek:  0800 77 20 126). ...

Diabetes e Viagem Internacional

Se você está se preparando para uma viagem internacional , não deixe para organizar na última hora o que irá precisar para manter o controle do diabetes durante o tempo que for passar fora. P repare também ítens de segurança e burocráticos que facilitarão sua vida. Saiba como: A maioria das dicas fundamentais podem ser encontradas na seguinte publicação:  Vai viajar? Faças as malas sem esquecer da saúde... Além disso, abaixo separamos alguns documentos e informação que podem ser muito úteis. Modelo de carta de seu médico em inglês , descrevendo que você tem diabetes e que, por isso, tem que estar com todo o material para o controle do diabetes (listado na carta) com você (na bagagem de mão), durante todo o tempo. É fundamental que você tenha esta carta. Ela pode ser requesitada a qualquer momento, em especial em aeroportos. Travel Letter 1   ou Travel Letter 2 Documento  da American Diabetes Association  sobre viagens de avião com diabet...