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Alimentação, uma questão que ainda levanta dúvidas e pode fazer a diferença

Não há dúvidas de que nas últimas décadas a compreensão sobre os alimentos e a forma de consumi-los evoluiu espantosamente. A disseminação da técnica de contagem de carboidratos foi uma mudança na forma de se pensar a alimentação para os profissionais de saúde e pessoas com diabetes. Pode até ser que contar carboidrato não significou passar a comer tudo, quanto e quando quiser. Mas, sem dúvidas, possibilitou uma liberdade de escolha, sem igual. Da proibição médica de antigamente, passamos à era do saber adequar a insulina e escolher os melhores momentos para consumir os alimentos que desejar. Sem esquecer, é claro, que alimentação saudável nunca deixa de ser a melhor opção. Opções variadas, ricas em frutas, legumes e verduras. E é exatamente sobre isso que discutiremos hoje.


No Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA) deste ano, uma das palestras mais importantes foi dada por uma pesquisadora, premiada por seus trabalhos, que discutiu o impacto da alimentação sobre a saúde da população. E, como comenta abaixo o Dr. Freddy G. Eliaschewitz, aquela velha desconfiança, de que alimentos industrializados, ricos em aditivos, continua se mostrando um tanto realista.


Interessante observar nessa entrevista que o Dr. Freddy menciona aspectos muito importantes e preocupantes para todos e, em especial, para quem tem diabetes. Como se sabe, a obesidade é um dos mais importantes fatores que levam à resistência à insulina, podendo piorar o controle glicêmico mesmo de quem tem diabetes tipo 1. Além disso, fala sobre a produção de radicais livres no organismos, devido a essas substâncias, aditivos, adicionadas aos produtos industrializados. Como sabemos, os radicais livres podem facilitar o desenvolvimento de complicações crônicas do diabetes.

Assim, fica claro que precisamos continuar investindo em alimentos mais naturais e saudáveis. E a ciência está do nossa lado, apontando alimentos que podem ser prejudiciais (aditivos, excesso de gordura saturada, gordura trans, etc.), e alimentos que podem ter efeito benéfico (peixes de água fria, frutas, verduras e legumes, nozes e castanhas, etc.). Vamos então aproveitar esse conhecimento, manter-nos saudáveis e prevenir ou postergar o desenvolvimento de complicações.

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