Nos últimos anos temos visto o surgimento de Bombas de Insulina com mais e mais recursos que facilitam a manutenção do controle glicêmico. Enquanto no exterior o mercado de Bombas de insulina é disputado por muitas empresas, no Brasil há apenas 2 empresas disputando o mercado, a Roche e a Medtronic. As bombas que ambas empresas comercializam atualmente diferem muito das comercializadas há alguns anos e, apesar de apenas 2 marcas, muitas vezes dão um nó na cabeça de quem tem indicação e terá que optar por uma delas.
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http://irunonbatteries.blogspot.com.br/2012/07/the-progression-of-insulin-pumps.html |
Enquanto a Bomba de Insulina Real Time da Medtronic se gaba por ser a única com possíbilidade de monitorização contínua de glicose integrada, a Accu-chek Combo da Roche divulga a facilidade de seu controle remoto, o qual além de controlar a bomba é um glicosímetro que funciona com tiras Performa.
Durante o Congresso ATTD-LA ambas empresas apresentaram produtos já desenvolvidos, e que devem logo mais chegar ao mercado, quanto produtos em desenvolvimento. Todas essas novidades com um único objetivos, facilitar ainda mais a manutenção dos níveis glicêmicos dentro da faixa ideal durante a maior parte do tempo, com conforto e simplicidade.
Palestrantes apresentaram estudos sobre a Bomba Veo da Medtronic, que já está em processo de registro na ANVISA e deve estar disponível no Brasil em poucos meses. Além dos recursos disponíveis no Sistema Real Time, a Bomba Veo tem o que se considera um passo importante no desenvolvimento do tão sonhado pâncreas artificial, alarme de previsão de hipoglicemia ou hiperglicemia e suspensão da administração de insulina por 2 horas, caso a glicemia chegue a níveis baixos, sem que o usuário tome alguma atitude. Este último recurso tem sido visto com especial interesse para se evitar o agravamento de hipoglicemias durante o sono. Resultados de estudos apresentados no congresso apontaram para clara diminuição do tempo em hipoglicemia e valor de glicemia menos baixos quando o recurso de interrupção de liberação de insulina da Bomba VEO em caso de hipoglicemia estava ligado (Garg et al., 2012).
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http://medcitynews.com/2012/06/medtronic-files-application-to-bring-advanced-diabetes-treatment-to-u-s-patients/ |
Já a empresa Roche apresentou suas pesquisas no desenvolvimento de uma ampla linha de produtos de Bomba de Insulina que está em desenvolvimento. Segundo a empresa, cada paciente, com orientação de sua equipe de saúde, terá a possibilidade de optar pelos produtos da linha que lhe parecer mais adequado para seu tratamento. Entre eles estarão a Bomba Patch (micropump - resultado da aquisição da empresa Medingo pela Roche), sensor de glicose (em desenvolvimento pela empresa), melhorias no contole remoto (continua com a função de glicosímetro e passa a controlar tanto a bomba, seja a bomba convencional seja a micropump, quanto o sensor), sistema com recurso de enviar informação do sensor de glicose do filho ao celular dos pais, e DiaPort (como um catéter interno, que leva a insulina ultra-rápida para ser liberada próxima ao fígado, onde tem sua ação bastante acelerada, facilitando o desenvolvimento de equipamento com características mais próximas ao Pâncreas Artificial).
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Bomba Patch e seu Controle - www.diabetesmine.com/2010/04/roche-acquires-medingo-solo-patch-pump-begin-the-usability-wars.html |
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Bom dia,
ResponderExcluirVocê saberia me dizer se o DiaPort é comercializado apenas na Europa? E se há planos de que ele seja lançado no Brasil?
Obrigada,
Paula
Prezada Paula,
ResponderExcluirSugerimos que entre em contato com a Roche Diagnóstica ou Accu-Check para obter essa informação:
http://www.roche.com.br/portal/roche-brazil/xxxcontactxxx
tenho um filho de seis anos que tem diabetes não consigo controlar ele poderia por um aparelho desse? e se o convenio cobre
ResponderExcluirCaro João Vitor,
ResponderExcluirÉ importante que, juntamente com seu médico, seja avaliada essa questão. Sabemos que a bomba de insulina pode beneficiar o controle de pessoas com diabetes. Porém, para ter esses benefícios (melhora do controle) é necessário também monitorar a glicemia com frequencia, fazer correções sempre que preciso, fazer contagem de carboidratos e manter a programação da bomba de insulina atualizada. Geralmente os convênios não cobrem bombas de insulina, mas é importante consultar seu convênio e, caso haja indicação para seu filho e o convênio não fizer a cobertura, avaliar a possibilidade de comprar o equipamento e conversar com um advogado sobre como requerer ao governo. Abaixo seguem alguns links que podem ser úteis:
http://tenhodiabetestipo1eagora.blogspot.com.br/search?q=bomba+de+insulina
http://www.adj.org.br/site/noticias_read.asp?id=260&tipo=4
http://www.adj.org.br/site/noticias_read.asp?id=178&tipo=4