Já algumas vezes essa questão veio à tona. Em artigo publicado na revista Diabetes, da Sociedade Brasileira de Diabetes, de setembro de 2011, o Dr. Augusto Pimazoni Netto discute essa questão. Vejamos abaixo alguns trechos do artigo que identificam como começou esse debate e a opinião desse especialista.
"No congresso da ADA, em junho [de 2011], [pesquisadores] mostraram uma associação entre o consumo de refrigerante dietético com um aparentemente inexplicável aumento da circunferência abdominal.
O estudo acompanhou 474 participantes, com idades entre 65 e 74 anos, por um prazo médio de 9 anos, avaliando as alterações na circunferência abdominal durante o tempo em relação ao consumo de refrigerantes dietéticos pelos participantes. Os resultados mostraram que houve um aumento de 70% na circunferência abdominal, em comparação àqueles que não consumiam refrigerantes dietéticos. Quem consumia dois ou mais refrigerantes dietéticos por dia apresentou um aumento cinco vezes maior na circunferência abdominal, mesmo excluindo a possível interferência de vários outros fatores que poderiam explicar esse resultado.
Será que esses achados efetivamente confirmam as conseqüências nocivas dos refrigerantes dietéticos sobre o peso corpóreo? Não necessariamente, parece ser a resposta mais correta para essa pergunta.
"No congresso da ADA, em junho [de 2011], [pesquisadores] mostraram uma associação entre o consumo de refrigerante dietético com um aparentemente inexplicável aumento da circunferência abdominal.
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http://www.bemparana.com.br/maximosaude/index.php/2011/03/30/refrigerante-aumenta-os-gases-do-intestino/ |
O estudo acompanhou 474 participantes, com idades entre 65 e 74 anos, por um prazo médio de 9 anos, avaliando as alterações na circunferência abdominal durante o tempo em relação ao consumo de refrigerantes dietéticos pelos participantes. Os resultados mostraram que houve um aumento de 70% na circunferência abdominal, em comparação àqueles que não consumiam refrigerantes dietéticos. Quem consumia dois ou mais refrigerantes dietéticos por dia apresentou um aumento cinco vezes maior na circunferência abdominal, mesmo excluindo a possível interferência de vários outros fatores que poderiam explicar esse resultado.
Será que esses achados efetivamente confirmam as conseqüências nocivas dos refrigerantes dietéticos sobre o peso corpóreo? Não necessariamente, parece ser a resposta mais correta para essa pergunta.
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http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/03/11/interna_tecnologia,214589/estudo-reve-diagnostico-de-circunferencia-abdominal.shtml |
Existem algumas explicações possíveis para os resultados inesperados do estudo de San Antônio, como por exemplo: a) as pessoas que consomem refrigerante dietético teriam algo mais em comum e que seria a causa real para o ganho de peso; b) os consumidores de dietéticos teriam a sensação de que já estavam reduzindo substancialmente seu consumo calórico e, por essa razão, se sentiriam mais a vontade para comer mais das outras coisas; c) também seria possível que o sabor adocicado dos dietéticos sem calorias pudessem estimular o apetite por algum mecanismo desconhecido, fazendo com que seus usuários consumissem maior quantidade de alimentos.
Em resumo, a correta análise estatística dos resultados pode evitar que interpretações equivocadas dos dados nos levem a falsas conclusões. Se você decidir consumir refrigerante dietético, faça-o com moderação e cuide-se para não consumir calorias excessivas de outras fontes alimentares. No caso específico de pacientes com diabetes conhecido; não há dúvidas que o mais indicado ainda é o refrigerante dietético."
Fonte: Pimazoni-Netto, Augusto. O consumo de refrigerante dietético causa diabetes? Diabetes, a Revista da SBD, vol. 18, n. 4, p. 9, setembro de 2011.
Portanto, parece que os resultados do estudo que levou a essa discussão não são conclusivos e que, na verdade, os resultados apontam para um maior ganho de peso e não diretamente para o desenvolvimento de diabetes. De qualquer forma, é importante ficar atento e não abusar no consumo de calorias, já que o ganho de peso favorece o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e a resistência à ação da insulina, que pode dificultar o controle do diabetes tipo 1.
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